14C AMS - Datação de Carbono 14 por Espectrometria de Massa com Aceleradores no Brasil
A técnica de datação utilizando o Carbono 14 surgiu na década 50 tendo como princípio a contagem de decaimentos deste radioisótopo com meia-vida de 5730 anos, tornando-se importante ferramenta para a pesquisa, sobretudo na investigação de vestígios arqueológicos. Com a construção de aceleradores de partículas e detectores voltados para o estudo de reações nucleares, na década de 70, foi desenvolvida a técnica de Espectrometria de Massa com Aceleradores (AMS), que possibilitou a contagem direta dos isótopos em um feixe de átomos de carbono extraídos da amostra. Esta evolução tornou possível a diminuição da quantidade de material em duas ordens de grandeza e abriu espaço para a datação de amostras muito antigas, através da medição de elementos de meia-vida muito mais longa. O então chamado Programa Brasileiro de AMS teve início na década de 90 com o objetivo de implantar esta técnica no acelerador Pelletron da USP. No entanto, a técnica de Espectrometria de Massa com Aceleradores exige, não apenas, um acelerador de partículas, mas um laboratório com infra-estrutura para realizar o tratamento das amostras e a conversão para grafite. Assim, foi instalado o Laboratório de Cronologia Nuclear (LACRON) no Instituto de Física da UFF, apto à preparação das amostras para datação de carbono 14 e que, em breve contará com um acelerador de partículas específico para a separação e detecção dos isótopos de carbono, cuja aquisição foi aprovada pela FINEP no CT-INFRA 2008. Este laboratório será o único auto-suficiente para a realização da técnica de AMS em toda a América Latina representando grande avanço para o Brasil com aplicação em diversas áreas de Pesquisa.
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